sexta-feira, 24 de outubro de 2008

1 dia

Nunca imaginei que fosse chegar viva à essa semana, no entanto, após muitas adversidades e muita gastrite (não no meu caso), aqui estamos. Nesse blog, eu sou aquela que sempre posta os textos mais dramáticos, menos pé no chão. Mas agora, à essa altura do campeonato, a única coisa que me dá vontade de fazer é sentar e falar francamente com todo mundo.

Passadas as expectativas e os sonhos da época em que pensávamos o argumento, os devaneios e a empolgação do desenvolvimento do roteiro, os planos, tabelas e cronogramas do início da produção, o estresse e as correrias de toda a pré-produção, só o que nos resta é respirar fundo antes do mergulho.

Um dia alguém me disse: “Não importa o quanto você faça planos, nunca sai exatamente do jeito que você queria, e se você não tomar consciência disso logo, você nunca vai chegar a lugar algum e nem vai aproveitar o processo de realizar os seus projetos”. Na hora me pareceu a coisa mais banal de se dizer, mas não havia nada mais crucial do que isso para ser dito agora, e não por que nada está correndo como nós planejávamos, mas por que, devido a algumas poucas coisas que tiveram de ser repensadas, eu não havia enxergado tudo o que foi conseguido até agora, a forma como as coisas estão estranhamente tranqüilas dois dias antes de gravar e a dedicação irrepreensível da equipe que faz sentir que é a maior bobagem do mundo chamar o Haller de um “projeto individual”. Agora que eu posso ver tudo isso...não há muito mais pra se dizer, que venha a gravação.

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