A idéia do roteiro surgiu no ano passado, a partir da reflexão sobre a constituição do indivíduo e de sua memória tendo o outro, a mídia e a sociedade como referência. O argumento inicial consistia em alguns parágrafos que sugeriam uma reflexão, mais do que discutia o tema de forma propriamente dita. Algumas referências surgiram e um esqueleto superficial do roteiro foi idealizado.
A partir do início deste ano começamos a desenvolver tanto a trama quanto os personagens. O roteiro ficou pronto no dia 26 de Julho e, desde então, vem sendo produzido pela equipe que se constitui de alunos da Universidade Estadual de Campinas, grande parte da turma de 2007 do curso de Midialogia.
O filme está sendo encaminhado aos poucos, será filmado, à princípio, do dia 25 ao dia 28 de Outubro para ser finalizado até o final desse ano.
Durante o desenvolvimento do roteiro, um novo argumento foi escrito, um que discorre mais sobre a reflexão central do curta:
A partir do início deste ano começamos a desenvolver tanto a trama quanto os personagens. O roteiro ficou pronto no dia 26 de Julho e, desde então, vem sendo produzido pela equipe que se constitui de alunos da Universidade Estadual de Campinas, grande parte da turma de 2007 do curso de Midialogia.
O filme está sendo encaminhado aos poucos, será filmado, à princípio, do dia 25 ao dia 28 de Outubro para ser finalizado até o final desse ano.
Durante o desenvolvimento do roteiro, um novo argumento foi escrito, um que discorre mais sobre a reflexão central do curta:
Haller
Por Lílian dos Santos e Raíssa Freitas
Argumento:
Vivemos os tempos da banalidade, onde o vazio pauta fatalmente a vida do ser humano. Cercado de uma simbologia obsoleta, o indivíduo depara-se a todo o momento com o inefável e não se encontra na definição estabelecida dos “tipos sociais”. Tendo em vista que os valores estabelecidos são igualmente vagos e inconsistentes, não possuímos qualquer diretriz, estando cada vez mais inseguros, descrentes, lacunosos, desesperados.
É nesse contexto que, Cecília, uma jovem de classe média, vai buscar sua identidade, o seu lugar. Focaremos na autoconstrução de uma imagem, a forma como a atitude do ser humano dialoga com a visão da sociedade, que filtra essas atitudes utilizando-se de seus valores, construindo assim uma imagem social para o indivíduo. Porém não podemos tratar de uma construção determinista e linear, mas antes de uma construção dialética que possui inúmeros fatores influentes, e estes por sua vez também estabelecem um diálogo entre si.
A recepção individual dos valores da sociedade, por exemplo, podem distorcê-los de forma a transfigurarem-no em seu próprio oposto. A protagonista, em posse de todos os valores transmitidos pela sociedade vai procurar seu espaço dentro da coesão social, sua identidade dentro do coletivo, pois se sente perdida sem seu rótulo que lhe direciona a vida. E é exatamente através do não-solucionado assassinato do chefe que ela vai encontrar o seu lugar, pois existe um eixo específico para os assassinos, sendo estes os mais definidos, rotulados e dissecados pela mídia. Não fica claro se ela começa a agir diferente em função do novo olhar da sociedade sobre a sua pessoa ou o oposto. O importante é o movimento autômato que se estabelece a partir do primeiro impulso que culmina necessariamente na sua prisão preventiva, e, assim, finalmente assumir um papel claro e determinado em seu espaço e seu tempo.
Por Lílian dos Santos e Raíssa Freitas
Argumento:
Vivemos os tempos da banalidade, onde o vazio pauta fatalmente a vida do ser humano. Cercado de uma simbologia obsoleta, o indivíduo depara-se a todo o momento com o inefável e não se encontra na definição estabelecida dos “tipos sociais”. Tendo em vista que os valores estabelecidos são igualmente vagos e inconsistentes, não possuímos qualquer diretriz, estando cada vez mais inseguros, descrentes, lacunosos, desesperados.
É nesse contexto que, Cecília, uma jovem de classe média, vai buscar sua identidade, o seu lugar. Focaremos na autoconstrução de uma imagem, a forma como a atitude do ser humano dialoga com a visão da sociedade, que filtra essas atitudes utilizando-se de seus valores, construindo assim uma imagem social para o indivíduo. Porém não podemos tratar de uma construção determinista e linear, mas antes de uma construção dialética que possui inúmeros fatores influentes, e estes por sua vez também estabelecem um diálogo entre si.
A recepção individual dos valores da sociedade, por exemplo, podem distorcê-los de forma a transfigurarem-no em seu próprio oposto. A protagonista, em posse de todos os valores transmitidos pela sociedade vai procurar seu espaço dentro da coesão social, sua identidade dentro do coletivo, pois se sente perdida sem seu rótulo que lhe direciona a vida. E é exatamente através do não-solucionado assassinato do chefe que ela vai encontrar o seu lugar, pois existe um eixo específico para os assassinos, sendo estes os mais definidos, rotulados e dissecados pela mídia. Não fica claro se ela começa a agir diferente em função do novo olhar da sociedade sobre a sua pessoa ou o oposto. O importante é o movimento autômato que se estabelece a partir do primeiro impulso que culmina necessariamente na sua prisão preventiva, e, assim, finalmente assumir um papel claro e determinado em seu espaço e seu tempo.
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